terça-feira, 31 de agosto de 2010

Entrevista ?

Tive a oportunidade (rara) de ver a entrevista de ontem 30/08/10 onde a TvGlobo fez uma sabatina na Dilma. Acho que foi a primeira candidata, (se foi sorte ser a primeira, não sei) deixará um referencial de postura, de conhecimento da economia do país e que mostrou estar mais do que preparada para conduzí-la. ( Deixou ainda a clara imagem de quem sabe enfrentar opostos, as vezes até mal educados ). Lembro que diziam que o metalúrgico não estava; olha no que deu, recorde de crescimento econômico.

Não lamento que os que vierem depois nas entrevistas , mesmo sendo apaniguados, venham ser comparados, pois inevitavelmente o serão no dia 3 de outubro. O que está em segundo lugar nas pesquisas, como não sabe refrear a ira e mostra postura descontrolada, poderá sofrer até uma queda nas próximas pesquisas, paciência.

O que importa é que ontem ví uma notória diferença de tratamento dado pelos entrevistadores. Assim como eu, vários outros brsileiros viram. Isto só faz acender o espírito de justiça.

Não se pode mesmo chamar de entrevista e sim uma sabatina, mas que alavancou ainda mais a candidatura de Dilma, ah, isso alavancou sim. Pois aquele que fustigado pelo inimigo mantém a sua postura, a calma e a segurança com que tratou dos assuntos econômicos, terá inevitavelmente de ser reconhecido positivamente, ainda que a própria mídia force a interpretação oposta. Não se trata aquí de opinião política e sim de percepção e sutileza.

Faltando trinta dias dias para as eleições, funcionando à pleno vapor a fábrica de escândalos e futricas, pois só resta agora levantar supostos dossiês, de supostas pessoas, de supostos casos, vejo que a suposta oposição vai mesmo é correr atraz de uma suposta vitória. Já não tem condição de enganar mais ninguém. Como se diz popularmente: quem bate esquece, mas quem apanha jamais. O povo já apanhou muito das besteiras dos doutos neo-bobos. Fazer entrevista com o mesmo viés de pancada, só faz reacender um sentimento de justiça. Será que não aprendem ?
Entrevistas e mídia à parte, vale agora como nunca, a ação da militância ampla geral e gratuita.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

UPP e eleições

Já ouví dizer que as UPP´s seriam eleitoreiras. Realmente não me surpreendo, dado o fato que realizações no passado, mormente no âmbito da Segurança Pública, sempre tinham como objetivo alavancar o pretendende a cargo eletivo, via de regra um secretário de segurança. Mas hoje ninguém pode dizer que as UPP´servem à canditatura do atual Secretário. Maledicências à parte, estas afirmações não passam de eco de periódicos absolutamente comprometidos com a teoria do quanto pior melhor. Não preciso dizer nomes, todos sabem a quem me refiro.
Não preciso ir em socorro das UPP´s; o povo sabe muito bem a sinergia benéfica que elas promovem. Sou vizinho de uma UPP, a da comunidade, futuro condomínio, do Santa Marta. Me obrigo a testemunhar benefícios para moradores no seu entorno, a valorização de seus imóveis, o retorno da vida noturna, o retorno do centro gastronômico, isto sem contar o benefício ao comércio local em todos os níveis.
Mas não é apenas este benefício material que deve ser enfatizado. O maior benefício é o exemplo dado aos menores, que antes tinham na figura do traficante, um ideal de vida, ainda que efêmera.
Cabe ainda a evolução paralela da educação; e aqui me refiro não apenas ao tão reclamada compensação financeira. Me refiro ao compromisso da qualidade do ensino que os educadores têm de ter, se querem merecer este nome. Tenho certeza que os cidadãos das comunidades pacificadas saberão cobrar logo, logo, o seu direito a uma educação de qualidade; direito de qualquer cidadão, não importa a sua inserção em qualquer que seja a classe social, a cor da sua pele, o seu credo religioso. Está na constituição este direito.
Já vencida a etapa da descrença, pois não crer ou não apoiar esta iniciativa do Estado é mera mesquinharia e pequenez, deve se partir agora para a plena presença do Estado, aliás como está sendo feito na vizinha Santa Marta, onde moram cidadãos meus vizinhos.
A educação deve ser a etapa de coroamento desta iniciativa.
Vejo que os horizontes se clareiam e se afirmam na direção da soberania. Soberania que somente será conquistada, quando todos os direitos civís foram plenos, quando a educação for de qualidade para todos, quando as oportunidades foram as mesmas para todos, quando então o fenômeno de um Presidente metalúrgico não seja um fato raro. Quando os filhos de todos os metalúrgicos, de todos os lenhadores, de todos os serventes, de todos os médicos, de todos os banqueiros, de todos os militares, de todos os empresários, de todos os professores, e de todos os demais Trabalhadores, tenham igual oportunidade de viverem com dignidade e aspirarem a comandar o seu Povo.
As UPP´s não são uma realização de caráter eleitoreiro não; são uma realização de caráter cívico. Servem como prelúdio de uma epopéia de libertação.
Que Sergio Cabral seja abençoado por esta iniciativa e que receba a justa recompensa para mais um mandato e que Deus lhe dê saúde para terminar esta obra. Que no futuro tenhamos vários Cabrais, vários Beltrames, várias Dilmas, não importa as suas origens. Para isto temos que construir agora muitas UPP´s. Estaremos sempre agradecidos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Programa Eleitoral

Assisto os programas da propaganda eleitoral na TV raramente ( o poder sobre o controle remoto não é meu mesmo). Mas o pouco que tenho assistido me leva a deixar de chamar o responsável pela campanha de Dilma de "marketeiro". Acho até que é um adjetivo deletério. Tal a agudeza de sua percepção, acho que é um cientista político. No entanto devo admitir que há uma relativa facilidade no seu trabalho, na medida que concentrando-se apenas em relalizações e no enriquecimento do País a coisa flui facilmente e passa ser óbvia a percepção por parte do Povo. Tanto é verdade que as pesquisas (embora não ganhem eleição) mostram transferência de eleitorado do Zé, como gostam agora de falar ( soa falso não ?), para Dilma.
Espero que políticos, a própria justiça Eleitoral, a sociedade em geral, perceba que os tempos são outros. O aumento da auto-estima mudou os referenciais. Não adianta humoristas políticos tentarem inverter a ordem das coisas; o paradigma neo-bobo (achei ótima esta criação do engraçado FHC, quando se referia a neo-liberalismo) mostrou ser ineficaz e altamente nefasto para economia de qualquer país. Veja-se o caso dos países que o adotaram em que situação deplorável se encontram. Daí derivam referenciais midiáticos e jurídicos.
Não quero diminuir o trabalho do coordenador técnico da campanha, João Santana, pelo contrário, mas, diante da acachapante diferença de resultados de governo, parece óbvio o resultado do seu trabalho. No entanto uma coisa fica evidente, o caráter didático das peças produzidas. Esta qualidade é inegável. Quiçá esta qualidade ainda aumente mais a quantidade de votos que Dilma arrebatará de seus oponentes e dos neutros e alienados.
Não admitir que Lula é um fenômeno e que sua obra deve ser continuada agora só tem um qualiticativo. E ninguém quer tê-lo.
Que venha Dilma e os benefícios sociais já conquistados.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Os três talentos

Refletindo sobre a missão da futura Presidente, me lembrei da passagem no Evangelho onde Jesus fala da distribuição, antes da viagem do senhor, aos servos, dos talentos e que é citada em (Mat.25).
Em verdade posso dizer que Lula recebeu cinco talentos, em meio a tantos problemas, deficits enormes, economia estagnada, desemprego e todos os demais que caiam do saco de maldades do neo-liberalismo (aliás, neo-bobismo, como dizia o vaidoso, mas engraçado FHC)
Um dos talentos seria a esperança do Povo brasileiro, o principal; um outro seria a sua capacidade de resistir a tantas derrotas e provações; um importante, e que custou a chegar, ainda não plenamente, foi a democracia política, duramente perseguida; outro foi a nossa intrínseca tolerância racial e religiosa; Um enorme e rico país. E o último destes, mas não menos importante, a militância da esquerda, sem a qual não teria chegado a presidência. Militância teimosa como ele, aguerrida, chamada de jurássica, muitas vezes surrada nas ruas pelas forças policiais que teriam a missão de protegê-las.
Acho que foram estes os talentos. E se bem me lembro da parábola, o servo que recebeu um talento, enterrou-o como fizeram os seguidores do neo-liberalismo e acovardados diante de impérios outros, achando que a missão era guardar os recursos, que nem lhes pertenciam, sem multiplicá-los, tão dominados pelo medo estavam, medo que ainda tentam disseminar, pois ainda não entenderam que o Povo Brasileiro é seu verdadeiro senhor.
O segundo, também andou esquecendo da missão de multiplicar. Somente o terceiro entendeu a missão de multiplicar, e cheio da crença no seu Povo, foi capaz de ter sucesso e ser recompensado pelo Senhor.
Quanto ao primeiro? Ah, este foi "lançado nas trevas exteriores", como diz a Escritura.

Portanto, digo mais diretamente à aqueles que são crentes das Escrituras, as parábolas são lições e avisos. Se bem as entendermos facilmente poderemos perscrutar a alma das pessoas e do Povo. No caso presente, posso lhes dizer que o servo que multiplicou os cinco talentos ainda recebeu daquele que nada fez, pois assim foi ordenado.
Hoje vemos (nesta analogia, para os não crentes, ou neste retrato, para os não crentes), que quem entendeu a importância e a missão ao receber os cinco talentos, ainda terá como recompensa o que teria aquele inservível servo. Minas Gerais, e quiçá São Paulo, serão a demonstração clara, inequívoca e plena desta parábola, que me ocorreu na lembrança.
Conforme o tempo vai passando cada vez mais vai se afirmando esta analogia, ou parábola.
Os talentos vão se multiplicando e as recompensas vão se seguindo.
Independentemente de qualquer analogia, posso dizer que as nossas UPP´serão a maior prova de que valer acreditar, de que vale investir, são talentos que valerão ouro puro. Pelo menos Sérgio Cabral e Beltrame mostraram e estão tendo o reconhecimento do Seu Povo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Linda capa de revista

Somente hoje pude ver o bom gosto da revista "EPOCA" ao colocar na capa o "Retrato de Dilma quando jóvem". Talvez estivessem pensando em James Joyce ? Não, estavam praticando a mais primária, ou desesparada, escapatória, atirando o último cartucho talvez. Já não é segredo para ninguém, nem para uns, nem para outros que, há menos de dois meses das eleições, já se configura um resultado. Não esperado pelas oligarquias e inocentes úteis parece. Tinham a ilusão de poder enganar a enorme massa de trabalhadores, antigos e novos, de carteira assinada e mesmo sem carteira, que o neo-bobismo (gosto sempre de usar este neologismo criado pelo engraçado FHC) vai melhorar a vida de alguém, de algum país que seja.
Já não é mais possível sustentar a mentira. Quando esta editora coloca na capa a imagem de Dilma quando jóvem, apenas faz crescer no povo a sua admiração por aquela menina e acaba por gerar o efeito inverso ao que esperavam. Melhor seria colocar programas ou teses, se as têm. Melhor seria uma saída honrosa, do que tentar um expediente tosco como este, que acabou tendo efeito oposto ao que queriam. A militância de Dilma adorou e está produzindo camisetas com esta foto. O que quer dizer: "Ela tem um passado, que não renega", Logo, e este pensamento se desdobra à seguir, tem futuro.
Relamente gostei da capa da "EPOCA" e agora escrevendo apareceu uma dúvida: "-Será que realmente são mais espertos que eu pensava e tentam aumentar a venda nas bancas ?". Nada melhor que guardar esta edição para mostrar no futuro aos jovens brasileiros como vale a pena lutar pela sua Pátria.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Uma pergunta que volta

No mês de março pude descrever uma pergunta que revelava curiosidade e, ao mesmo tempo, um desejo de compartilhar idéias. A pergunta era "Por que Lula escolheu uma mulher para lhe suceder ?" . -"Para não perder uma oportunidade histórica de quebrar um paradigma", dizia eu naquela época. Dizia ainda da quebra de mais paradigmas, mas o mais impoirtante foi a de desmentir o ne-liberalismo "neo-bobo" como bem disse FHC. A mentira foi exposta à aqueles que nela acreditavam; não ao povo sofrido que sabia muito bem o que gerava na sua vida a falta de um emprego.
Mas hoje, passados poucos meses vejo mesmo que a mais importante causa da escolha desta Mulher foi o de ter extirpado de corações e mentes o valor mais arcaico e mais provinciano: Ser comandado por uma mulher.
Dizia ainda à época que "ao quebrarmos o paradigma de comando apenas masculino estaríamos abrindo espaço para outros avanços e acelerando a evolução para estágios mais maduros de socialização" e retirava-se o complexo de Amélia e se entronizava Joana D´Arc
na alma dos brasileiros.
Ao se entronizar este novo se introduzem então novas possibilidades no inconsciente coletivo. Se injeta esperança, se injeta o "Pensamento da Possibilidade", como diria o reverendo pastor Robert Schuller.
Daí a necessidade deste passo adiante, desta ousadia que o Povo é capaz, por estar tão acostumado a vencer desafios todos os dias, desde o acordar até chegar ao emprego, que tanto custou a chegar.

Hoje, não me resta dúvidas do acerto da escolha, me resta apenas ver que temos que manter esta conquista. Mesmo havendo entre nós tantos trânsfugas e insensíveis ao sofrimento alheio, não há como não tirar coragem para lutar. "Verás que um filho teu não foge à luta" escreveu Duque Estrada em 1822. Seria mais exato hoje: "Verás que um filho e uma filha teus não fogem à luta".
Não tenho mais dúvidas que a escolha foi inspirada na derradeira imagem da mãe:

Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!