sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Uma pergunta que volta

No mês de março pude descrever uma pergunta que revelava curiosidade e, ao mesmo tempo, um desejo de compartilhar idéias. A pergunta era "Por que Lula escolheu uma mulher para lhe suceder ?" . -"Para não perder uma oportunidade histórica de quebrar um paradigma", dizia eu naquela época. Dizia ainda da quebra de mais paradigmas, mas o mais impoirtante foi a de desmentir o ne-liberalismo "neo-bobo" como bem disse FHC. A mentira foi exposta à aqueles que nela acreditavam; não ao povo sofrido que sabia muito bem o que gerava na sua vida a falta de um emprego.
Mas hoje, passados poucos meses vejo mesmo que a mais importante causa da escolha desta Mulher foi o de ter extirpado de corações e mentes o valor mais arcaico e mais provinciano: Ser comandado por uma mulher.
Dizia ainda à época que "ao quebrarmos o paradigma de comando apenas masculino estaríamos abrindo espaço para outros avanços e acelerando a evolução para estágios mais maduros de socialização" e retirava-se o complexo de Amélia e se entronizava Joana D´Arc
na alma dos brasileiros.
Ao se entronizar este novo se introduzem então novas possibilidades no inconsciente coletivo. Se injeta esperança, se injeta o "Pensamento da Possibilidade", como diria o reverendo pastor Robert Schuller.
Daí a necessidade deste passo adiante, desta ousadia que o Povo é capaz, por estar tão acostumado a vencer desafios todos os dias, desde o acordar até chegar ao emprego, que tanto custou a chegar.

Hoje, não me resta dúvidas do acerto da escolha, me resta apenas ver que temos que manter esta conquista. Mesmo havendo entre nós tantos trânsfugas e insensíveis ao sofrimento alheio, não há como não tirar coragem para lutar. "Verás que um filho teu não foge à luta" escreveu Duque Estrada em 1822. Seria mais exato hoje: "Verás que um filho e uma filha teus não fogem à luta".
Não tenho mais dúvidas que a escolha foi inspirada na derradeira imagem da mãe:

Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

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