terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ah, quem dera...

Quem dera, se esta convulção de moralismo fosse verdadeira. Quem dera se estes paladinos da ética se comportassem assim fora da época de eleições. Quem dera fosse sincera tal peroração. Quem dera se se comportassem o tempo todo como honestos e sinceros. O fato real é que esta pantomima não irá convencer senão os querem ser convencidos, mais ninguém.
Nada fala mais alto que o emprego e o bem estar social. E é este o discurso que Dilma e Lula devem manter: lembrar dos milhões e milhões de novos trabalhadores de carteira asinada. Só isto basta para dar fim a este triste espetáculo de hipocrisia e deboche.
Se não bastasse este expediente torpe e primário, com a cara mais deslavada, continuam usando a imagem de Lula. É muito apego ao poder mesmo; também não é pra menos: - como vão enfrentar as cobranças do BNDES ? Como vão agora responder as investigações do Banestado? Como vão agora parar o processo do Arruda ? Como vão se explicar se se aprofundar a investigação da Telemar? Há um sem fim de cobranças que Lula não fez, pois foi maduro bastante para garantir primeiro o crescimento e que agora tais cobranças podem (ou devem) ser consumadas. Aí está a verdadeira causa do desespero. As questões que estão criando tanto desespero não são eleitorais, e sim as dívidas imensas que terão de honrar com o erário. E todos sabem que a Dama de Aço não é de deixar barato.
Aposto com qualquer um que iniciado o mandato de Dilma vai ter muita gente indo para fora do país, esperar para ver o que vai acontecer. Todas estas empresas jornalísticas que estão penduradas no BNDES devem devolver ao Povo Brasileiro, pois esta dívida é para com ele; terão de se decidir, caso contrário...
Acho até que chegando bem próximo ao dia 3, ou seja, lá para semana que vem, vai haver uma fila de enviados negociadores para levantar a bandeira branca. Esperem e verão. Quem dera que fosse para devolver a grana. O problema é que o Brasil não pode parar para ficar fazendo conta. As iniciativas dos programas estruturantes (PAC, Bolsa, PROUNI, etc) já renderam bilhões de receita e de novos negócios, novos empregos. Valor que irá ser muito maior do que estes pesudo-economistas, pseudo-financistas, pseudo-modernos arrogantes surrupiaram do país.
Quem dera se já estivéssemos em tempos de campanha onde estaríamos discutindo programas. Ainda temos que passar pela etapa da baixaria; também pudera, há poucos saímos de tempos coloniais e neo-bobos.
Ah, quem dera.
Quem dera pudessemos cobrar a dívida com juros dos tempos neo-bobos.

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