segunda-feira, 7 de junho de 2010

Rio de Janeiro, cidade da paz

Somos um povo de paz; ouví sábado na fila do caixa do supermercado em Botafogo. Dito por quem há pouco vivia em meio à tiroteio. Realmente somos, pelo menos posso afirmar como morador no Rio de Janeiro há mais de sessenta anos.
Aqui, e alhures, as elites mais rancorosas não tem mais cura, desprezam a paz. Mas a grande maioria, aí incluindo as elites intelectuais, artísticas e empresariais produtivas já perceberam que a paz não foi exclusividade concedida as favelas, é um programa de governo. Governo cujo mandatário maior agora está colhendo uma aprovação massiva da população, a maioria dela.
A fama de educado, bonachão e tolerante que o carioca havia conquistado durante século, há muito vinha se transformando, devido ao crescimento dos bolsões de miséria e devido ao escandaloso desprezo que o Estado e as classes dominantes davam aos novos cariocas que ali nasciam e aos que iludidos aqui vinham buscar uma esparerança de viver com dignidade.
A paz agora é dever e missão na vida de todo carioca.
Temos de conseguir juntos a paz da igualdade, a paz da democracia, a paz do desenvolvimento, a paz que se perdia nos discursos entreguistas de outrora. Falo outrora, pois depois de ver se repetindo as mesmas arengas, de supostos denunciantes, de supostos dossiês, de supostos escândalos, de supostos participantes da democracia, não há mesmo outra saída senão a de dar uma suposta atenção à este ridículo circo dos horrores, muito longe da paz que se almeja para nosso povo, e para todos os povos da Terra.
Não há mais espaço no Rio de Janeiro para estes tristes expedientes. Somos da Paz. Espero que o resto do Brasil nos acompanhe. Não somos promessa de paz somente em 2016; somos a cidade da Paz.

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