sábado, 5 de junho de 2010

A paciência encontrará a Paz.

Faz uma semana que ando remoendo todas as notícias que falam de Irã, de diplomacia e estou vendo que tudo vai acabar em uma bacia das almas. Mas o que vai ficar claro mesmo é que negociar exige tempo, que o objeto da negociação demora a ser precisamente definido. E esta paciência, este método de persistência muitos não têm. Não tem por várias razões, nem tenho competência para aprofundar em todas as causas. Mas uma coisa fica evidenciada: não existe vontade política de persistir e perseguir o objetivo da paz. Dá muito trabalho. Primeiramente há de se despir de todas as possíveis travas e preconceitos em relação ao outro, e segundo, a definição do objetivo não pode se misturar com interesses outros que não sejam o do entendimento e do mais aceitável, estejamos ou não em posição privilegiada. Mas acima de tudo paciência.
Por esta, rogo que Celso Amorim não fraqueje, pois apesar de todas as pressões, vindas de dentro e de fora, a verdade prevalecerá e as máscaras vão cair; estejam estas vestidas pelos poderosos intransigentes ou mesmo pelo próprio Irã.
Se confirmada má intenção do Irã, o Brasil foi bem sucedido, já que optou pelo caminho da Paz, independentemente de seus interesses na ONU. Se confirmadas as intenções não beligerantes do Irã, todos serão bem sucedidos, inclusive os Estados Unidos, pois terão à menos uma carga orçamentária em dias difíceis de sua economia.
Buscar a Paz é dever de todos. Quem quer que tenha memória das causas da invasão do Iraque do ex-aliado Sam Hussein, saberá o que leva à instabilidade no oriente próximo, a incapacidade de reconhecer o outro.
Quem quer que se dispa de preconceitos e tenha a mente arejada saberá da superposição de interesses, sejam externos e mesmo internos, no Brasil e alhures, afinal o petróleo ainda é a maior das riquezas do planeta.
Acho mesmo que ainda resta na memória dos amigos do norte a ingenuidade de Chamberlain perante a invasão dos sudetos pelos nazistas, mas repito, temos que nos despir dos preconceitos.
Acima das diferenças culturais e religiosas, paira a riqueza do petróleo e, ainda mais, a notável capacidade de seus cientistas, veja Zadeh, pai da lógica fuzzy, Hossein Ghaemi, pai da lógica de circuitos, Abu Wafa Buzjani, matemático, Al-Khwārizmī, a quem devemos a palavra algoritmo, Hamadani, e tantos outros na modernidade.
Há muitos mais valores além do petróleo.

Portanto, paciência e veremso o efeito desta ruptura no processo viciado das relações internacionais.
Algum dia tivemos orgulho de Rio Branco, de Rui Barbosa, não resta dúvidas que nossos filhos e nossos netos se lembrarão do nosso esforço de hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário