quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Paulo Nogueira Batista: Obrigado embaixador

Acabei de ler, devorar seria o termo mais correto, uma publicação da Fundação Alexandre de Gusmão do Itamaraty, denominada "Paulo Nogueira Batista: Pensando o Brasil". Creio que o termo mais acertado seria "...Pensando e sentindo o Brasil", tal o grau de envolvimento humano do saudoso embaixador. Sua visão clara e destituída de floreios, direta, mas sem perder a elegência, mostra sua capacidade de ver através do óbvio, que para muitos mortais é barreira intransponível. Ele não se afeta nem se abala com louros nem besouros. É direto e conciso em suas análises. Mas, sobretudo, independente e patriota.
A sua capacidade de antever fenômenos que ocorreriam muitos anos depois mostra a capacidade de se nortear em meio a tempestades ideológicas, em meio a fascínios passageiros, em meio ao efêmero.
Deixou seguidores importantíssimos: Samuel Pinheiro Guimarães, Celso Amorim, entre tantos outros e que são motivo de orgulho para o nosso País, ou melhor, para a Humanidade.
Estivesse o próprio Rio Branco vivo, tenho certeza, teria neste um par, tal a capacidade de entender o jogo internacional, as suas complexidades políticas, as suas componentes históricas.
Muito está o Brasil a dever a este Homem. O mínimo que poderia dizer como cidadão, era:
Obrigado Embaixador.

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